terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Corações

Dia desses, revirando antigas caixas onde guardo aquilo tudo que é representativo de alguma forma,encontrei algumas coisinhas que me remetiam a um passado no mínimo interessante. Livros esquecidos, músicas compostas e textos redigidos, fotos e até declarações. Como não pode ser diferente, algumas delas me causavam um rubor facial. Não que sejam dignas de vergonha, bem longe disso. Mas é incrível como os sentimentos mudam e, alguns anos depois, aquilo que parecia sem solução à época hoje perde totalmente o sentido. Encontrei algumas músicas também, tudo à época. Uma delas me chamou atenção, estava datada de julho de 2004. Tempos difíceis, me lembro bem. Alias, nunca esquecerei. Foi um período de brigas, desunião e uma vontade incrível de sumir por uns tempos...

Já escureceu
Os ventos também já mudaram de direção
Foram pra bem longe de nós
Caminhando em sentido oposto ao meu coração

Já anoiteceu
Os ventos também já erraram de direção
Foram pra bem longe de nós
Caminhando em silêncio oposto à razão

As flores agora choram
Com o orvalho da madrugada fria
Como o silêncio do deserto
Como as ruas cheias de gente vazia



Lembro também que anexei posteriormente mais um verso à musica, infelizmente não o encontrei, quem sabe um dia acabo de juntar essas duas pontas do fio.

Hoje meus sentimentos são outros e me parecem mais esclarecidos também. Tanto em relação à família (como eu disse, aqueles tempos foram difíceis) quanto a amigos, paixões, essas coisas.
Novamente a procurei em alguns lugares. Ônibus, ruas, o hospital não usei dessa vez. A verdade é que sabia como encontrá-la. Não tive coragem, não liguei. Ou então iniciei a chamada mas não deixei completar, não sei bem. Falar com ela me faz bem, me sinto alegre e renovado. É agradável e de um companheirismo gigantesco; falamos por horas e horas e sempre me parece muito rápido. O tempo -Ah!, o tempo! - voa.

Gosto das entrelinhas.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Sempre tem aquela história de que uma universidade é melhor ou pior que outra. Eu até concordo, mas isso não é uma verdade universal. Semana passada, numa formatura, fiquei sabendo de uma história de um dos formandos que, com certeza, nao interferiria na formação profissional essa ou aquela universidade.
O rapaz era catador de lixo e de latinhas, trabalhava pra pagar a sua faculdade. Morou, por alguns meses dentro da universidade porque nao tinha lugar para ficar. Ele teve diversos caminhos a seguir, mas manteve sua cabeça no lugar e conseguiu terminar seus estudos e ter uma formação de terceiro grau. É um vencedor como poucos. Não é "modinha" que tem por aí, filhinhos de papai que ficam brincando de escolher profissão. O cara conquistou o seu espaço, e nao faz diferença a universidade, ele é capaz!
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