terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sem você não é possível...

(8)Na esperança de te ver chegar um dia
E matar toda a sede da minha boca(8)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Seguindo a idéia de juntar as duas pontas da vida, nesse domingo eu fui rever parte da minha infância e pré-adolescência. Voltei àquele pequeno bairro onde existia minha casa de praia. Ela ainda existe materialmente, com poucas modificações, mas, na minha cabeça, mudou muito.
Não resisti e fiz a mesma manobra com o carro que meu pai fazia, anos atrás. O portão estava aberto e eu invadi a casa, os novos donos sempre disseram que poderíamos visitar quando quiséssemos, sem marcar nada. Não Marcamos. Entrei, deixei o carro no mesmo lugar de sempre, e desci para cumprimentá-los. Logo nos reconheceram e nos desejaram boas-vindas. Em alguns minutos eu pedi licença para adentrar a casa e matar um pouco a saudade.
A sala e a cozinha mudaram, os quartos não. O pátio traseiro estava menor, aumentaram a casa. O eucalipto ainda está lá, firme. A outra árvore não, disseram ter caído. Ela nasceu torta e estava muito inclinada. Ainda na nossa época era possível balança-la.
Da sombra do eucalipto eu mirei a rua ao lado. Não resisti e saí caminhando, devagar. Parei na frente da casa dele e pedi que o chamasse. A mocinha não me reconheceu, passou bastante tempo desde a última vez. Assim que ele chegou, precisou me olhar umas duas ou três vezes e só depois dar o abraço. Conversamos animados, vieram os pais, mais felicidade.
Na volta pra casa,naquela nova velha estrada, paramos no mesmo posto de 10 ou 12 anos atrás. O frentista daquela época não estava mais ou eu não o reconheci, não sei. A máquina de suco e o minifórmula 1 ainda estavam lá. Tive vontade de brincar, como naquele tempo.
Chegando em casa, tive outro presságio da infância. O barulhinho de desenhos animados dos anos 80 e 90 (aqueles clássicos, menos violentos que os de hoje... O mundo fantástico de Bob, Doug Funny, e por aí vai!) e o som da panela de pressão, chiando perto da hora do almoço. Eu, deitado, senti saudades daqueles tempos. Minhas aspirações eram outras, as obrigações idem.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Amigos para sempre é o que nós iremos ser!

Na primavera ou em qualquer das estações, nas horas simples, nos momentos de prazer...
O texto de hojeera pra ser sobre insights nostálgicos da minha infância. Era. Mudança repentina de planos ocasionadas pela propulsão adversa que essa música do rei gera em mim, pelo menos agora.
A vida é uma análise combinatória, por isso o blog. E a probabilidade de uma amizade durar para sempre é dada por uma combinação de arranjos complexos e, se tem combinação, tem traço de fração. Esse é o grande problema: o traço que divide em frações, que cria e prejudica diferenças até então inexistentes, que permuta, que distancia. O espaço amostral se torna limitado e decadente e a probabilidade da amizade seguir, ao longo dos anos -dos 5 anos- fica bem menor. Se a chance de dar errado somada a chance de dar certo corresponde a cem por cento sempre, pensa-se, erroneamente, que as chances são iguais e de cinquenta por cento. Nem sempre, com os amigos para sempre (ou os "amigos pra caralho") pode ser diferente.
Todo mundo já leu aquele texto que diz que um "amigo pra caralho" é aquele que briga contigo, te poe no chinelo, xinga tua mãe, chuta teu cachorro e risca teu carro, mas no dia seguinte é ele que está do teu lado pra te ajudar, e te xingar mais uma vez por estar te ajudando, que tu é burro por não resolver sozinho... Mas está ali, faz parte da tua vida.
A minha sugestão é repensar quantos amigos desses você tem e se são, de fato, assim. Uma coisa que aprendi com um amigo, e a frase eu jamais esquecerei, é que "se tu é meu amigo eu vou contigo até o fim, não importa o que aconteça, se tu está certo ou errado. Se tiver certo, beleza. Se tiver errado, conversarei contigo mas nunca te criticarei em público ou falarei mal. E se precisar, te ajudo a esconder um corpo".
Nunca pensei em matar ninguém. Tá, até já pensei mas o plano ideial nunca dura mais que 5 segundos (e não 5 anos, meus amigos!) na minha cabeça. Cinco anos é um bom tempo, suficiente para que se conheça uma pessoa. Ou não, já não sei mais...
"Na real não é uma questão de procura" - isso é amizade.


Pois é... amigos pra caralho!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Declaração

Ainda agora tenho dúvidas acerca do título da postagem. Pensei em colocar "Madrugadas", uma vez que todo o texto foi escrito no período compreendido entre a meia noite e seis da manhã, mas acho que o nome que aí está não irá gerar conflitos.O que explica a amizade? Não sei, mas deve existir alguma explicação. Talvez a graça seja nunca encontrá-la. Ou talvez esteja dentro da gente, no coração - o incansável coração - que só descansa entre a sístole a diástole (mas essa teoria prefiro comentar outra hora). Pode ser um olhar, um sorriso, uma piadinha sem graça ou até mesmo uma cantada barata. Não importa como, as pessoas se relacionam o tempo todo, e o "não-relacionamento" é também uma forma de se relacionar. É assim no trabalho, na escola, em casa e também no orkut.Hoje o texto é pra ela e eu poderia ser um pouco menos explícito. Gosto das entrelinhas, como disse em algum outro post, masgosto também do direto, do impassível, do esclarecimento e da magnitude das palavras. Gosto da expressão dos olhos, "lindos olhos". Mas muito antes disso, gosto da beleza de espírito, de caráter e de respeitabilidade. Exemplo de dedicação, de pessoa, enfim.Conversamos por horas e horas e não me canso, pelo contrário, sempre quero mais e mais. Mensagens e telefonemas, scraps e conversas no msn sempre muito animadas e descontraídas. O assunto também não pára, e quando pára a gente inventa. "Isso nunca foi problema pra gente". Inventamos a nossa amizade, ainda que sem entender a tal explicação.O "incansável"ainda bate mais depressa antes da ligação, ainda tem vergonha não sei bem de quê. Ela é tímida, mas sou eu quem diz para que não tenha vergonha. Eu também tenho. É uma forma de me deixar um pouco menos tímido e continuar a conversa. Nos divertimos, falamos palhaçadas e besteiras, mas nos respeitamos antes de qualquer coisa.Em tão pouco tempo já passamos por boas juntos. Perdemos, juntos, algumas noites de sono devido ao "maldito vestibular". Também conhecemos pessoas e histórias incríveis ( o que dizer da comunidade no orkut e da musa Arlei, por exemplo?!). Discutimos casamentos e festas no famoso PIDA, que acontecerão sem a nossa presença por enquanto. As madrugadas insones se transformaram em noites animadas e as horas pareciam correr. Além dela, tinha um "montE de gentE" que também contribuía para as noites animadas, mas com certeza ela foi a mais especial e marcante.Levarei pra sempre no coração esses primeiros momentos. Ela é meiga, amável e querida. Adoro o jeitinho que ela trata as pessoas e, em especial, o jeito que me trata. Cativa qualquer pessoa.
"É tão bom quando a vida nos apresenta pessoas que valem a pena"

Desculpa pelos erros durante o texto, escrevi durante algumas madrugadas e não corrigi, só transcrevi agora...

Buenas, se encerra por aí a minha declaração de amizade, de carinho e de companheirismo. ela é uma baita amiga!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

BOTEI O VIOLÃO NAS COSTAS e saí por aí. Chovia. Quiçá era aquela típica passagem de um livro, um romance qualquer, de quinta - como diria Estevão - onde o mocinho vaga, nostálgico, pelas ruas de sua cidade do coração.
REENCONTREI velhos amigos, discuti o tempo e o futebol, a gordura e a barba feia; a política e a crise de identidade, inclusive a nossa: ex pseudo-projetos de músicos com suas guitarras tocando canções da velha guarda.
NÃO ERA O MOCINHO, como n'O Jardim do Diabo, mas me sentia diferente, até um pouco incapaz, assim como Conrad, Conrad James.
"Su vida no era más su vida, pero eso estaba ok!". Estava diferente, nem melhor nem pior. Feliz! E as guitarras como que choravam:

De todas ellas, ella fue mi forza más hermosa (8)



Tenho andado tão inspirado!