sábado, 1 de setembro de 2007

Paixão

Sempre que a gente se encontra eu perco a noção das coisas. O tempo às vezes parece parar, outras vezes parece voar. Minhas mãos ficaram trêmulas e minha respiração ofegante.
Com certeza ela percebeu e isso me deixou um pouco mais trêmulo. Mas o simples fato de estar ali tão perto -e ao mesmo tempo tão longe- já era uma grande coisa para mim. A textura, a cor e as palavras me agradavam, me faziam esquecer quem eu era ou quem eu fui, só me interessava aquele momento. E eu desejava que ele não acabasse, nunca mais. A emoção de a sentir junto de mim me causou medo, um receio de dar um passo a frente.
-Mi, tou apaixonado!
-É mesmo?! Por quem?
-Por uma mulher linda, que se chama Matemática.

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