quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Um emo no quartel

Hoje fui me apresentar no quartel central. A idéia era fazer tudo que era preciso e, talvez, tentar pegar CPOR. Desde o início tudo foi bem engraçado, desde às justificativas infames a fim de escapar do serviço militar utilizado por terceiros à minha tão rápida vontade de participar de um programa social. Um amigo havia me informado que se fizesse esse programa só precisaria tirar um pouco de sangue que iria passar na frente dos outros. Não pestanejei. Fiz os exames e respondi ao questionário sobre DST. O nível de inteligência me espantou e por pouco achei que estava no lugar errado:
-O que é DST?
(A) Departamento de Segurança de Tráfego
(B)Departamento de Saude e Trabalho
(C)Doenças Sexualmente Transmissíveis

-Você costuma manter relações sexuais com:
(A)Somente mulheres
(B)Mulheres e, às vezes, homens
(C)Homens e, às vezes, mulheres
(D)Somente homens

Aquém disso, o que mais me chamou atenção foram os testes psicotécnicos (pediram para desenhar um quadrado, um círculo e um semi círculo) e o emo que estava na fila para exames médicos.
Fiquei imaginando que, no primeiro grito, ele começaria a chorar e, assim, escapar do serviço militar. Certamente a parte que ele mais gostou -e deve ter repetido- foi o exame de caxumba. Talvez tenha rodado no teste da farinha que, por sinal, eu passei, óbvio!

Dentre as desculpas mais esfarrapadas para escapar do serviço militar, a que mais me chamou atenção foi a de um guri que dizia nao poder servir pois tinha que acabar os estudos:

Tenente 1: Ah, tu nao acabou?
Cidadão: Não, não. Estou na sétima série.
Tenente 2: bah, te vira! Tanta gente trabalha e estuda!
Tenente 1: Olha cara, o exército não quer nem saber se tu estuda ou não. Aliás, com essa idade já deveria ter acabado. Mas enfim, tu serve e arruma um tempo pra estudar. Por favor, se dirija àquela fila ali que é pros candidatos, normal!

Asmas, hérnias em todas as partes do corpo, problemas cardíacos e mamãe que nao pode (de jeito nenhum!) viver sem o seu filhinho foram outras grandes coisas que ouvi. Tem ainda os soldados que se acham coronéis e os coronéis que pensam ser majores.

Apesar de tudo é engraçado, recomendo!

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